domingo, 21 de setembro de 2008

Outono

Untitled 

O prenúncio de um Outono.  Deixo a janela aberta para entrar o som forte dos trovões.  Lá fora há ainda festa dos Leixões, a noite vai caindo e a chuva também cai a fechá-la.  Hoje é Verão, amanhã já é outra estação.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Diferente olhar sobre o mesmo

Ontem desci a Avenida de Merignac até à Villagarcia de Arosa.  Matosinhos parece sempre igual junto ao Hospital Pedro Hispano, árvores ao fundo, no Parque de Real, os jardins, o Metro a ranger o ferro, as famílias a irem trabalhar pela manhã.  Reparei no azul do céu e na leve brisa que amansava o calor que preparava-se para a tarde: anunciavam algo diferente.  O azul estava perfeito e a brisa modelava as cores dos tijolos vermelhos, das flores, das árvores.  Senti a diferença num movimento de ascenção, quando percebi que não olhava mais o chão que pisava.  As cores atraiam o olhar para cima, para o que a vista não alcança numa manhã de trabalho.  Este renascer da percepção fez-me pensar que a realidade difere pouco, mas levanta do chão quando fazemos das suas cores uma nova interpretação, um novo olhar sobre uma simples segunda-feira.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Two versions of the same song IV

It was released on 1984 as the debut single of the Alphaville's first album Forever Young.  In the same year songs like Relax from Frankie Goes to Hollywood and People are People from Depeche Mode were also released, this song became a mark in the not only german, but european synthpop music from the 80's.

Another german band, Guano Apes, made a cover from Big in Japan, 16 years later:

domingo, 7 de setembro de 2008

Memória

Há tempos que não me lembro, há outros norturnos, dias adormecidos em pensamentos vagos sobre tudo, sob o nada. Fico a ver o ténue fio de mar entre as árvores distantes, o tempo que outrora trazia-me a noite, agora traz-me o sorriso, uma flor numa caneca de leite, um pedaço de bolo da avó, uma garrafa de vinho da aldeia.  A memória, que percorre o tempo, acordando pensamentos, como orvalho noturno que evapora com o sol, pergunta: vale a pena?  Mas a alma nunca é pequena...

Os novos pés de figueira

Hoje meu pai mostrou dois pés que nasceram perto do vazio deixado pela grande figueira.  É sempre bom ver que da terra tudo pode renascer, mesmo que por vezes esqueçamos das pequenas grandes coisas que a vida nos traz a cada dia.